Notícia: Prêmio Ciência Para Todos divulga os seis projetos vencedores da 3ª edição, em São Paulo

Prêmio Ciência Para Todos divulga os seis projetos vencedores da 3ª edição, em São Paulo

Escolas nas cidades de Campinas, Cachoeira Paulista e Tanabi venceram na categoria Ensino Médio, enquanto as de Gavião Peixoto, São Carlos e Botucatu conquistaram o prêmio na categoria Ensino Fundamental

Diversas pessoas com as mãos para o alto, em um auditório. A fotografia foi feita a partir do palco, em direção ao público.

O Prêmio Ciência para Todos, uma iniciativa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e da Fundação Roberto Marinho, por meio do Canal Futura, divulgou os projetos vencedores dessa 3ª edição. Foram seis projetos vencedores ao todo: as escolas IFSP (Campinas), E.E. Severino Moreira Barbosa (Cachoeira Paulista) e E.E. Padre Fidelis (Tanabi) conquistaram a premiação na categoria Ensino Médio; enquanto as instituições E.E. Jesuíno de Arruda (São Carlos) e EMEF Dr. João Maria de Araújo (Botucatu) e EMEF Ermides Barsaglini Gulla (Gavião Peixoto) ganharam o prêmio na categoria Ensino Fundamental.

A proposta da premiação é incentivar o desenvolvimento de atividades científicas em escolas públicas e promover o engajamento de estudantes e da comunidade escolar com a ciência e suas aplicações na educação e na vida.

O prêmio mobilizou cerca de 180 escolas das redes estadual e municipal do estado de São Paulo, além de institutos federais de ensino médio técnico e profissionalizante e o Centro Paula Souza. Para terem seus projetos de implementação avaliados pela banca, estudantes e professores participaram de jornadas formativas em plataforma online do Canal Futura e da Fundação Roberto Marinho, com orientações sobre o desenvolvimento de projetos de pesquisa e produção audiovisual, com certificação para todos ao final.

Projetos vencedores mostram ações para resolver problemas reais

Sob o tema “Um mundo melhor para todos”, que alinha o Prêmio aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS’s), na intenção de fazer uma reflexão sobre o papel da ciência e o alcance das metas da Agenda 2030, os grupos vencedores inscreveram projetos que transitam por saúde, meio ambiente, história e geografia.

No IFSP Campus Campinas, o projeto “Menstruei, e agora?? Absorvente na hora!!”, realizado por estudantes do ensino médio com orientação do professor Edson Duarte, desenvolveu um distribuidor automático de absorventes individuais para uso emergencial de quem menstrua na escola. Atualmente, o produto é regulamentado e distribuído gratuitamente na instituição, mas, quem precisasse, tinha que ir até a secretaria, que fica distante do banheiro, para solicitar o absorvente. Além disso, compartilhar com os funcionários a informação, na maioria das vezes pode ser bem desconfortável. A proposta do grupo busca resolver o problema e facilitar o acesso ao produto no banheiro da escola. A proposta se enquadra na ODS número três, que visa à Saúde e Bem-estar de todos.

Cinco pessoas de pé em um palco, segurando uma bandeira com o nome do Instituto Federal - Campus Campinas escrito nele.
Estudantes do IFSP Campus Campinas com seu professor, Edson Duarte.

Na cidade de Cachoeira Paulista, a E.E Severino Moreira Barbosa venceu com o projeto “Estudo etnobotânico de plantas medicinais utilizadas por moradores da zona rural de Cachoeira Paulista-SP”, desenvolvido por Luiziene Alves, estudantes do Ensino Médio. As ODS’s presentes na pesquisa são Saúde e Bem-estar e Educação de Qualidade, e o intuito do trabalho é promover uma integração entre o saber popular dos residentes da cidade e o conhecimento científico, prestigiando as duas linhas como formas complementares de informação e compreensão de mundo. Por meio do projeto, espera-se desmistificar que um tipo de conhecimento é melhor que o outro, ressaltando a importância do saber popular como um conhecimento legítimo, lado a lado com a ciência - que utiliza plantas como parte dos recursos biológicos nos tratamentos da medicina tradicional. Os estudantes visitaram moradores da região que utilizam plantas medicinais para entender o processo (desde a coleta das espécies, passando pelo preparo, armazenamento e utilização), também coletaram algumas amostras para catalogação após período de prensagem e realizaram uma pesquisa com outros colegas e familiares para entender o nível de familiaridade deles com o tema. Como resultado, um jogo de plantas medicinais foi criado para testar conhecimentos e ensinar a respeito da medicina natural.

Já em Tanabi, a E.E. Padre Fidelis conquistou o prêmio com o projeto “Água e meio ambiente”, desenvolvido por alunos do Ensino Médio do Itinerário Técnico em Agronegócio, com orientação da professora Doutora Natália Regina Cesaretto. A ODS 11, Cidades e Comunidades, embasa o trabalho, que tem por objetivo estimular os alunos a serem pesquisadores, além de formar profissionais conscientes sobre a importância do desenvolvimento sustentável no agronegócio e o respeito pelos recursos naturais e o meio ambiente. A pesquisa busca realizar as seguintes ações: revitalizar os espelhos d’água em conjunto com o trabalho que a Prefeitura Municipal já realiza na região; analisar e acompanhar a evolução da água do espelho que será revitalizado, conscientizando a população sobre a importância de preservar o meio ambiente; fazer o reflorestamento ambiental da área; fazer um estudo sobre a piscicultura; e realizar a soltura e criação de peixes no local, para que as populações carentes que residem ali próximo, possam desfrutar como lazer e alimento.

Em São Carlos, a E.E. Jesuíno de Arruda foi premiada com o projeto “Com que roupa eu vou? Desconstruindo estereótipos de gênero, para construir um ambiente escolar mais inclusivo”, desenvolvido por estudantes de Ensino Fundamental com orientação da professora Simoni Camila Bogni. Tendo a ODS de número cinco, Igualdade de Gênero, como premissa, o trabalho aborda os desafios para colocar em prática essa temática. A ideia é analisar o comportamento dos estudantes em relação à desigualdade de gênero presente no ambiente escolar e desenvolver ações práticas para combatê-la. A pesquisa analisou a sensibilidade quanto ao tema pelos alunos de cada gênero, abordando liberdade de expressão, situações de desigualdade de gênero, vestimenta e se já se sentiram excluídos pelo gênero em alguma atividade. A partir dos dados, uma série de atividades foram realizadas: ação de conscientização sobre machismo, ação contra a rivalidade feminina, batalha de rimas femininas (Batalha das Minas), e ainda uma ação dedicada ao compartilhamento de talentos femininos. As atividades foram positivas, não apenas diminuindo os conflitos e estimulando a colaboração entre os alunos, mas também fortalecendo o senso de comunidade e o pertencimento dos membros da escola.

Seis pessoas de pé no palco.
Estudantes do Ensino Fundamental na E.E. Jesuíno de Arruda, acompanhados de sua professora, Simoni Camila Bogni.

Na EMIF Ermides Barsaglini Gulla, da cidade de Gavião Peixoto, estudantes do Ensino Fundamental e a professora Laís Pieroni desenvolveram o projeto “Práticas transformadoras na educação escolar: uso de um Parque Ecológico Municipal como recurso pedagógico para a popularização da Ciência e da Educação Ambiental”. Foram base do processo as disciplinas ciências, geografia e história, com seis ODS’s identificadas na pesquisa, sendo elas: Educação e Qualidade (4), Água Potável e Saneamento (6), Cidades e Comunidades Sustentáveis (11), Ação Contra a Mudança Global do Clima (13), Vida na Água (14) e Vida Terrestre (15). A pesquisa teve origem em um problema levantado pelos alunos sobre a subutilização do Parque Ecológico Municipal de Gavião Peixoto em aulas práticas, além da falta de um programa de visitas monitoradas para escolas. Assim, o grupo buscou entender a importância do território em questão para estudantes e moradores da região, aproveitando o espaço como recurso pedagógico interdisciplinar e incentivando a interação entre escola e comunidade local.

A  EMEF Dr. João Maria de Araújo, em Botucatu, garantiu o prêmio com o projeto “Mentes saudáveis, futuro brilhante: promovendo a saúde mental dos jovens”, desenvolvido por estudantes do Ensino Fundamental: com orientação do professor Vinicius Nunes Alves. Com a premissa da 3ª ODS, Saúde e Bem-estar, o grupo se propõe a incentivar a investigação e compreensão do assunto, além da produção de materiais sobre a saúde mental na adolescência por meio das etapas de investigação literária do tema, contato com especialistas da área, produção de materiais e divulgação. Uma pesquisa com jovens de 14 a 19 anos foi realizada na instituição, e uma palestra com a temática de saúde mental foi ministrada pela Profa. Titular da FMB-UNESP e especialista em Psiquiatria, Dra. Maria Cristina Pereira Lima, que ocorreu na UNIPEX-FMB-UNESP. Além disso, os estudantes fizeram visitas aos laboratórios de pesquisa da Unidade de Pesquisa Experimental (UNIPEX) da FMB-UNESP, com o intuito de ensinar sobre a importância das pesquisas científicas em saúde física e mental. Um protótipo de aplicativo com um questionário sobre a saúde mental dos jovens utilizado na instituição também foi elaborado no trabalho, em parceria com o tecnólogo Sr. André Pagnin, servidor da UNIPEX - FMB-UNESP.

Homem que usa óculos e tem cabelos brancos está de pé em um palco, falando ao microfone.
João Alegria, secretário-geral da Fundação Roberto Marinho, durante fala na celebração dos vencedores do Prêmio Ciência para Todos.

Premiação

Os professores e estudantes premiados em cada uma das categorias terão a oportunidade de visitar um centro de pesquisa apoiado pela FAPESP (inclui transporte, alimentação e mediação pedagógica). Os professores proponentes, responsáveis pelos projetos e orientadores das equipes premiadas, receberão também um notebook.

Sobre a FAPESP

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo é uma das principais agências de fomento à pesquisa científica e tecnológica do país. Com autonomia garantida por lei, a FAPESP está ligada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo. Com um orçamento anual correspondente a 1% do total da receita tributária do Estado, a FAPESP apoia a pesquisa e financia a investigação, o intercâmbio e a divulgação da ciência e da tecnologia produzida em São Paulo.

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Sobre o Futura

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