Sesi-SP supera desempenho do Brasil e do Chile no PISA para Escolas
Compartilhar
A instituição se destaca no exame que avalia colégios de diversos países com base em provas aplicadas a estudantes de 15 anos
O PISA, a mais abrangente avaliação de estudantes no mundo, coordenado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), analisa a qualidade, equidade e eficiência de sistemas educacionais de mais de 80 países, oferendo informações sobre o desempenho dos jovens de 15 anos em três frentes: Leitura, Matemática e Ciências.
Semelhante à esta avaliação, o PISA para Escolas também mensura o conhecimento e as competências de alunos de 15 anos, mas tem como objetivo avaliar a unidade escolar. Esses exames aferem não apenas se os estudantes são capazes de reproduzir o que aprenderam, mas também sua capacidade de extrapolar o que sabem e utilizar os conhecimentos em novos contextos.
Aplicado pela primeira vez a todos os alunos elegíveis (mínimo de 42 estudantes por escola) da rede Sesi-SP, em 2022, o exame atestou a excelência do ensino da instituição: o desempenho dos alunos do Sesi-SP superou a média do Brasil e a do Chile nas três áreas de conhecimento.
Realizaram o exame cerca de quatro mil estudantes de 65 unidades do Sesi-SP, que tem uma das maiores redes de ensino particular do país, atendendo cerca de 100 mil alunos, em 142 escolas, localizadas em 112 municípios paulistas.
Nos três domínios avaliados, as médias de desempenho alcançadas pelo Sesi-SP no PISA para Escolas superam o Chile (PISA, 2018), que lidera o ranking como o melhor sistema de ensino da América Latina, e o Brasil (PISA, 2018), além da cidade de São Paulo (PISA para Escolas, 2021). Em matemática, por exemplo, que é um desafio geral na educação, o Sesi-SP alcançou 39 pontos acima da média das escolas chilenas.
Para Karina Stefanin, Supervisora Técnica Educacional do Sesi-SP, o preparo do professor é algo essencial para atingir esses bons resultados. “Formamos nossos professores para desmistificarem, junto aos estudantes, a ideia de que a matemática é difícil, fomentando a realização de propostas significativas para a construção de conhecimento. O ensino da matemática é contextualizado por meio de problemas, fazendo o aluno ficar mais engajado na sua aprendizagem”, explica.
Segundo a supervisora, a formação dos professores da rede faz com que eles busquem não só a resposta correta do estudante, mas a compreensão do raciocínio que o levou até ali, respeitando os diferentes processos de cada indivíduo.
Outros dados corroboram a qualidade do ensino oferecido pelo Sesi-SP. As evidências indicam não haver diferenças significativas de gênero na performance dos alunos: apenas em 8% da rede meninas superam os meninos em Leitura e só em 6% da rede meninos superam as meninas em Matemática.
Além disso, embora a literatura especializada indique que o nível socioeconômico tem grande influência no aprendizado, no Sesi-SP o desempenho dos alunos de diferentes origens é semelhante. “Para nós foi muito importante ver isso”, diz Karina. “É o que a gente propõe na nossa concepção de ensino. Acreditamos que todos podem aprender desde que lhes sejam oferecidas as condições adequadas”.