Notícia: Prêmio Ciência para Todos realiza cerimônia de premiação em São Paulo

Prêmio Ciência para Todos realiza cerimônia de premiação em São Paulo

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Escolas de Franca, Itatiba e Campinas venceram na categoria ensino médio; no ensino fundamental, as premiadas são de Várzea Paulista, Mogi Guaçu e Pedreira

 

Nesta quarta-feira (29), aconteceu a cerimônia de premiação do Prêmio Ciência para Todos, uma iniciativa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e da Fundação Roberto Marinho, por meio do Canal Futura. A cerimônia que apresentou os vencedores da 4ª edição aconteceu no Museu Catavento, em São Paulo. Participaram os professores e estudantes das escolas premiadas, o diretor do Museu Catavento, Jacques Kann; a secretaria executiva da Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, Stephanie Costa, o secretário estadual dos Direitos das pessoas com Deficiência, Marcos da Costa, o presidente da FAPESP, Marco Antônio Zago e o secretário-geral da Fundação Roberto Marinho, João Alegria.

João Alegria enalteceu a qualidade dos projetos que foram enviados para o Prêmio. “Eu estou muito feliz, conhecendo e reconhecendo os premiados da quarta edição do Prêmio Ciência Para Todos. São trabalhos de investigação, de pesquisa, de desenvolvimento, realizados pelos estudantes e professores da educação básica do estado de São Paulo. A gente sempre se surpreende com a qualidade, a inovação, as ideias, e como os jovens e adolescentes olham o contexto e pensam em soluções para situações que são importantes para eles e o seu entorno”.

O presidente da FAPESP, professor Marco Antônio Zago, deu dicas valiosas aos jovens vencedores sobre a importância do método científico, que não é uma coisa complicada, que só tem nos laboratórios. “Tudo o que nós fazemos depende da ciência e da tecnologia. Não acreditem em nada sem testar. É isso que a ciência faz. Ela faz uma pergunta e testa”, aconselhou o professor Zago.

Vencedores do prêmio
Vencedores do Prêmio celebram a conquista

Direcionado a escolas do Estado de São Paulo, o Ciência para Todos premiou seis projetos, em duas categorias. No ensino fundamental, as escolas vencedoras são das cidades de Várzea Paulista, Mogi Guaçu e Pedreira. Já no ensino médio, os vencedores são dos municípios de Campinas, Franca e Itatiba.

Nesta edição, o prêmio mobilizou cerca de 110 escolas das redes municipal e estadual do Estado de São Paulo, além de institutos federais de ensino médio técnico e profissionalizante. Para terem seus projetos de implementação avaliados pela banca, estudantes e professores participaram de jornadas formativas em plataforma online do Canal Futura e da Fundação Roberto Marinho, com orientações sobre o desenvolvimento de projetos de pesquisa e produção audiovisual, com certificação para todos ao final.

CPT
Jessilane, apresentadora do Prêmio, ao lado de um grupo de vencedores

Os projetos vencedores

Inspirados pelos problemas causados pelas fortes chuvas em Várzea Paulista, os estudantes da Escola Estadual Mitiharu Tanaka desenvolveram o projeto ‘Cidade à Prova d’Água’, orientado pela professora Kethlyn Belmonte – que já ganhou uma edição anterior do Prêmio. O grupo desenvolveu protótipos que demonstram o funcionamento de pisos drenantes que, se implementados, poderiam facilitar o escoamento da água da chuva ao captar e redirecionar o acumulado por meio de bacias de amortecimento. O projeto chegou a ser apresentado a representantes da Prefeitura.

As consequências da crise climática também contextualizam o projeto desenvolvido na Escola Municipal Professora Maria Diva Franco de Oliveira, em Mogi Guaçu, orientado pelos professores Alex Barreiro e Araci França. ‘Da distopia à utopia: memórias e preservação das águas’ une tecnologia, memória e arte para investigar como a comunidade escolar se relaciona com o Rio Mogi Guaçu, principal símbolo natural e histórico do município. Os alunos levaram os resultados da pesquisa para aulões na escola, fizeram um podcast e participaram do desfile cívico com cartazes sobre o rio.

O terceiro projeto vencedor da categoria ensino fundamental foi desenvolvido na Escola Estadual Luiz Bortoletto, em Pedreira. Sob a orientação da professora Tamires Aparecida Darioli, os estudantes mergulharam em um projeto que une tradição e ciência: a 'Farmácia Natural – Saberes Populares e Plantas Medicinais da Comunidade'. A equipe iniciou um trabalho de investigação que envolveu entrevistas com pais e responsáveis, análises científicas das plantas mais citadas e a produção de preparados naturais, como tinturas, óleos medicinais, unguentos e escalda-pés. O grupo também criou um herbário escolar e um livreto educativo com informações acessíveis à comunidade, consolidando um ciclo completo de pesquisa, experimentação e devolutiva social.

João Alegria
João Alegria, secretário-geral da Fundação Roberto Marinho, durante sua fala

Já na etapa do ensino médio, um dos vencedores é o projeto ‘FishVision’, realizado por alunos do curso técnico em eletrônica integrado ao ensino médio da Escola Técnica Estadual Bento Quirino, em Campinas. O grupo encontrou uma forma criativa de unir tecnologia, bem-estar animal e eficiência produtiva. Sob a orientação da professora Regina Morishigue Kawakami, eles desenvolveram um protótipo de submarino impresso em 3D que realiza a biometria de tilápias por meio de uma câmera e um sensor de distância a laser TOF, tudo de forma remota e não invasiva. A medição do pescado aumenta a produtividade e, principalmente, protege o ecossistema, evitando a captura de animais que ainda não chegaram à fase adulta.

A Escola Técnica Estadual Rosa Perrone Scavone, no município de Itatiba, desenvolveu o projeto ‘Neurync - Sistema de Auxílio para Neurodivergentes’, que tem o propósito de facilitar a comunicação e reduzir situações de sobrecarga sensorial em sala de aula, especialmente para alunos com TDAH, dislexia e autismo. Sob a orientação do professor Anderson Wilker Sanfins, os estudantes desenvolveram um sistema que permite o envio de alertas discretos aos professores em momentos de desconforto em sala de aula, evitando constrangimentos e fortalecendo a inclusão.

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Também há uma escola vencedora na cidade de Franca. Com orientação do professor Henrique Pereira, que já havia vencido uma edição anterior do Ciência para Todos, os estudantes da Escola Estadual Ângelo Scarabucci criaram o projeto ‘Fertiliza Invasora’. O trabalho visa controlar e reaproveitar árvores invasoras no reflorestamento com espécies nativas. Além da conservação ambiental, a iniciativa ajudou a criar eventos ecológicos entre os alunos, que participaram de circuitos educativos com caminhadas, coleta de lixo e o plantio de mudas.

Sobre a FAPESP

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo é uma das principais agências de fomento à pesquisa científica e tecnológica do país. Com autonomia garantida por lei, a FAPESP está ligada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo. Com um orçamento anual correspondente a 1% do total da receita tributária do Estado, a FAPESP apoia a pesquisa e financia a investigação, o intercâmbio e a divulgação da ciência e da tecnologia produzida em São Paulo.

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