No dia dos Povos Indígenas, celebrado no dia 19 de abril, ainda existem escolas que abordam o tema a partir de estereótipos, o que acaba por reforçar diversos problemas sociais que os povos indígenas ainda hoje enfrentam. Ao reproduzir estereótipos e deslegitimar os saberes indígenas, a educação escolar pode ocupar um espaço de opressão para os povos originários, contribuindo para a manutenção de preconceitos, do racismo e para sua subalternização.

Por isso mesmo é fundamental que a data seja celebrada a partir de uma abordagem crítica, na perspectiva da educação antirracista e de combate a toda e qualquer forma de preconceito. Neste conjunto vamos acompanhar alguns dos desafios da educação indígena e, direto do Ceará, vamos conhecer uma experiência escolar de inclusão e capacitação digital que promove intercâmbio de saberes e valorização da cultura do povo Kanindé.

Direto do vale do Rio Doce vamos conhecer a luta do povo Krenak pela sua existência e entender como podemos trazer este debate para a sala de aula. A luta das parteiras indígenas para proteção da vida nas comunidades onde vivem nos apresenta alguns dos desafios que os Sateré Mawé enfrentam no Amazonas. O conjunto também disponibiliza alguns materiais pedagógicos que nos auxiliam na compreensão da cosmovisão indígena.

Para encerrar, vamos conhecer o trabalho que alguns artistas indígenas contemporâneos, que usam a música como instrumento de denúncia e de valorização de saberes. A partir da jornada de formação e sensibilização que este conjunto propõe, esperamos que o trabalho em sala de aula seja inspirado por múltiplos olhares e que valorize os saberes ancestrais.