Notícia: Conheça os projetos selecionados para o 14º Doc Futura

Conheça os projetos selecionados para o 14º Doc Futura

O resultado da 14ª edição do Doc Futura saiu! Foram selecionados 8 projetos para a fase final do projeto.

Agradecemos a todas e todos que se inscreveram e, para quem não foi classificado, não desanime: ano que vem tem mais!

Alô, selecionados(as)! É hora de comemorar e se preparar para a próxima etapa. A equipe organizadora do Doc Futura entrará em contato para informar os detalhes da fase final.

Vamos à lista!

AMAZÔNIDAS

B Roll Conteúdo Audiovisual – Rio de Janeiro/RJ

O documentário quer mostrar iniciativas bioeconômicas de associações de pequenos produtores da região Amazônica que estão construindo o que vem sendo chamado de A Nova Economia da Amazônia: uma bioeconomia que se desenvolve com a floresta em pé e os rios fluindo. Através da articulação entre produtores e outros atores da cadeia de produção, o crescimento da bioeconomia ocorre pela multiplicação dos arranjos de produção típicos e em desenvolvimento no território, intensivos em mão-de-obra, baseados nos produtos da floresta ou na restauração da vegetação nativa, e que combinam soluções locais, com adaptação de inovações tecnológicas eficientes.

 

AS LAVADEIRAS NEGRAS DO SERINGAL MIRIM

Ykamiabas Produções – Manaus/AM

Em uma das avenidas mais movimentadas da capital amazonense, a Djalma Batista, uma história de tradição e cultura afrodescendente foi apagada por uma obra de construção da subestação de energia elétrica da empresa estatal Eletronorte nos anos 1980. Ali ficava o Seringal Mirim, uma comunidade formada por mulheres negras e viúvas do Maranhão e do Amazonas, e que sobreviviam da lavagem de roupas para a elite manauara a partir dos anos 1940 que também foi um abrigo para o nascimento de manifestações do sincretismo da cultura de matriz africana com símbolos religiosos católicos e indígenas. O Documentário: As Lavadeiras Negras do Seringal Mirim, pretende resgatar essa história pouco conhecida da cidade de Manaus.

 

BAQUAQUA

Viu Cine – Recife/PE

Busca resgatar a memória do autor da única biografia de um africano escravizado no Brasil, o Baquaqua. Nascido em uma família abastada em Benin, Baquaqua aprendeu a escrever cedo, o que possibilitou o registro da perspectiva única do povo escravizado em nosso país. A autobiografia dele nos permite traçar paralelos com as histórias dos brasileiros que até hoje lidam com as marcas causadas pela escravidão. O resgate da memória nos permite conhecer a vivência das pessoas que, por tanto tempo, foram exploradas e postas em um local de sofrimento, mas que ainda assim, conseguiram resistir e lutar por um lugar na sociedade mesmo com toda uma herança de preconceito que prolonga-se até os dias atuais.

 

IGGI OLÓRUM

Cine Arts Filmes e Produções – Salvador/BA

Iggi Olórum é um documentário que pretende evidenciar a luta do povo negro pela existência do Candomblé que, a partir do sincretismo religioso, conseguiu estruturar uma estratégia de sobrevivência frente a intolerância religiosa e a discriminação racial. O projeto inicia sua narrativa na Igreja de Baiacu, localizada na Ilha de Itaparica-BA, ponto central para pensar o sincretismo, as origens do território e sua herança ancestral na atualidade. Fundada em 1560 e erguida com mão de obra escravizada, a igreja ligada ao catolicismo (criada para a catequização indígena) foi abandonada, mas sua estrutura permanece hoje graças às Gameleiras (árvore sagrada para o Candomblé), morada do orixá Iroco. O audiovisual pretende destacar a presença deste Orixá representando o tempo, a natureza e a ancestralidade afroindÍgena, enquanto símbolo de resistência na Bahia e no Brasil - frente às iniciativas neoextrativistas e de cunho financeiro que ameaçam o território e seu povo nos tempos atuais.

 

LUGAR DE ESCUTA

RMN Produções – Florianópolis/SC

O documentário pretende mostrar as lutas e conquistas que unem os dois povos historicamente massacrados pelo Estado brasileiro: os povos originários e o povo negro. Através dos trabalhos das Ouvidorias, o filme conecta os Mundurukus e Assurinis, no Pará, com as Mães do Jacarezinho, no Rio de Janeiro. Seja no coração da floresta ou na selva de pedra, as violações de direitos que atingem essas maiorias minorizadas se encontram nos trabalhos das Ouvidorias, que são lugar de escuta e instrumento de amplificação das vozes de luta.

 

MÁRTIR FILOMENA

Borg Films – Araxá/MG

Mártir Filomena era uma escrava que viveu em Araxá/MG, e foi excluída depois de contrair varíola, em uma epidemia que assolou a cidade no final do século XIX. Seguindo costumes arcaicos da época, ela foi enterrada viva e somente sua cabeça foi deixada para fora, acreditando-se que o vírus seria erradicado com o ritual. Sua sede e fome raramente eram saciadas e, logo, Filomena veio a falecer. Jogaram terra sobre sua cabeça e colocaram uma pequena cruz no local. Em sua homenagem, acendiam velas, rezavam e levavam garrafas com água em oferenda. Histórias de romeiros que tiveram suas preces atendidas surgiram e Filomena tornou-se santa milagreira na região. Mesmo sem o reconhecimento oficial da Igreja Católica, a fé dos devotos permaneceu inabalável e perpetuou-se por gerações, resistindo ao tempo através da oralidade, com sua história espalhada boca-a-boca pelos séquitos locais. Hoje, a santa Mártir Filomena é celebrada em manifestações culturais, artísticas e religiosas de Araxá.

 

O PASSADO SOB NOSSOS PÉS

Mobcontent – Rio de Janeiro

Vinicius Peripato, um jovem negro geógrafo de Uberlândia, utilizou dados públicos para varrer o subsolo da floresta e se deparou com um dado impressionante. Se antes eram conhecidos alguns poucos rastros arqueológicos de construções indígenas, o seu estudo descobriu que há ali entre 16.000 e 24.000 rastros de obras de terra abaixo da floresta. O documentário vai acompanhar todo o processo científico que levou à descoberta de Vinícius, seus percalços pessoais como jovem cientista negro e sua trajetória desde a educação básica.

 

PEGADAS DA FLORESTA

Couro de Rato – Rio de Janeiro/RJ

Pegadas da Floresta acompanha 3 personagens indígenas, obrigadas por diferentes razões a viverem na cidade. O filme retrata a história de Dona Ermelinda Yepário, da etnia Tukano originária do Amazonas. É atriz de cinema e teatro, tem 68 anos, é viúva e mãe de oito indígenas que reside na região de Suzano/SP. Mirindju Guarani, rapper que vive com sua esposa e filho de 5 anos na região de Jaraguá/SP, o menor território indígena do país, frequentemente invadido em suas fronteiras com a cidade. E Lian Gaia, indígena autodeclarada, nascida em Belford Roxo/RJ, formada em psicologia, performer ligada à Aldeia Marakanã, espaço carioca formado por indígenas em contexto urbano que lutam pela criação de uma universidade indígena. A partir do cotidiano, memória e práticas artísticas das personagens, o filme revelará a realidade de violência racial e estratégias de preservação dos saberes ancestrais em um país onde a maioria da população indígena vive fora de Terras Indígenas oficialmente demarcadas.

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