Programa Sesi de Gestão Escolar, avalia e reescreve a história das unidades escolares
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Avaliar para melhorar
O que é bom sempre pode melhorar: esse é o lema do diretor Virgílio do Val, da unidade SESI Barra Mansa, no Rio de Janeiro. Ele chegou na unidade em 2010, quando a escola tinha pouco mais de 100 alunos; hoje a unidade tem 1600 estudantes, da creche ao Novo Ensino Médio. Ele conta como foi a implementação do Programa Sesi de Gestão Escolar: “O grande diferencial desse programa é o envolvimento de toda a comunidade escolar, a participação de todo mundo. Todo mundo tem voz, todo mundo tem vez, todo mundo foi ouvido, todo mundo foi escutado”.
O Programa Sesi de Gestão Escolar, PSGE, é uma iniciativa que tem como objetivo a melhoria contínua da gestão escolar por meio do aprimoramento da eficiência e da eficácia dos processos escolares. Está dividido em seis etapas: formação inicial, ações preparatórias, diagnóstico escolar, elaboração e implantação do plano de melhoramento, apuração de resultados e avaliação externa. Por meio de uma plataforma online, são gerados questionários que são entregues aos pais, alunos, equipes pedagógica e administrativa sobre diversas áreas da escola. As respostas são consolidadas e, a partir daí, as equipes são convidadas a traçar caminhos para a solução dos problemas.
Na unidade do SESI Barra Mansa, as etapas do PSGE interferiram na forma como a escola se comunicava com os pais, por exemplo, e a direção da escola passou a investir mais na comunicação das redes sociais, com vídeos como o “Fala Diretor”, que se tornou conhecido na escola e pela comunidade.
O desafio de mudar
A metodologia do PSGE está estruturada em 5 áreas: liderança e planejamento pedagógico, gestão administrativa e financeira, desenvolvimento profissional, relacionamento com alunos, pais e comunidade, gestão de resultados. 22 departamentos regionais e 66 escolas participaram do programa.
Luciano de Andrade Marques, de 15 anos, está na 1ª série do Ensino Médio e estuda no SESI desde o Ensino Fundamental. Ele sentiu que os resultados do programa chegaram até os alunos “A gente como aluno consegue perceber umas mudanças bem positivas”, completa o estudante.
A professora Cássia Santos, técnica da equipe de Robótica, lembra que na época em que o programa foi implementado todos foram divididos em equipes para olhar as oportunidades de melhoria e também os pontos negativos da gestão “Os nossos alunos têm essa noção do PSGE, já havia uma certa autonomia, mas eles se tornaram alunos mais participativos. Demos voz a eles”.
Pertencimento
A coordenadora pedagógica, Iracilda Landim, ressalta que a escola já possuía processos de avaliação, mas foram aprimorados. “A partir do programa, a gente começou a fazer de uma maneira mais crítica, mais analítica, gerando ações mais eficientes para o processo”.
Para Cristina Gomes, que tem três filhos na escola, participar desse processo, da avaliação à construção de soluções que trazem mudanças no aprendizado e na convivência escolar, é motivo de orgulho e de confiança. “Eu tenho três filhos que estudam na escola SESI e pelo que vejo, o futuro deles está em ótimas mãos”.