Você já percebeu como o mundo do trabalho mudou? Nas últimas décadas diversas novas profissões nasceram, enquanto outras passaram por transformações radicais. No Brasil, as significativas alterações no mercado de trabalho, associadas às recentes crises econômicas, têm causado impactos profundos na inserção laboral de jovens entre 15 e 29 anos, parcela da população mais atingida por esse cenário.

A transição demográfica, a digitalização da economia e as emergências climáticas são algumas das tendências que, somadas às históricas e persistentes desigualdades de gênero, raça e renda, desafiam a inserção produtiva da juventude. Um dos caminhos possíveis para alterarmos esse quadro é a profissionalização qualificada. Economia verde, economia criativa e digital despontam como carreiras atrativas, demandando cada vez mais novas habilidades e conhecimentos. Computação em Nuvem, Big Data, Internet das Coisas, Realidade Virtual e Inteligência Artificial são expressões — conceitos — cada vez mais comuns no cotidiano desse novo mundo do trabalho.

Em meio a tantas transformações, a expressão “4.0” tem sido cada vez mais usada: Trabalho 4.0, Indústria 4.0 e Agricultura 4.0 são apenas alguns exemplos quando nos referimos às mudanças trazidas pela 4ª Revolução Industrial. O universo “4.0” envolve uma ampla gama de tecnologias que se beneficia de uma crescente redução de limites e barreiras entre pessoas e entre os mundos digital e físico, possibilitando colaboração cada vez mais intensa entre seres humanos e máquinas.

Por isso, é cada vez mais necessário entender as mudanças de hoje a fim de preparar os jovens estudantes para o mundo do trabalho de amanhã. Território 4.0, série audiovisual do Futura em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e Serviço Social da Indústria (SESI), é um game show no qual quatro equipes se desafiam em provas sobre as tecnologias que envolvem a Indústria 4.0. Por meio dele conhecemos jovens com perfis e experiências profissionais diferentes encarando os desafios que esse novo universo profissional apresenta. Ao longo de 13 episódios repletos de desafios e muita competição, os participantes desenvolvem habilidades de comunicação, de trabalho em equipe e de criatividade, além de vivenciarem na prática algumas revoluções tecnológicas já em andamento no mundo do trabalho.

Este guia pedagógico apresenta algumas atividades práticas que podem ser realizadas com jovens e estudantes e que também podem ser adaptadas à realidade em que você atua. Vamos juntos desvendar os desafios que o futuro do trabalho nos reserva?

O que é o Guia de Uso Pedagógico?

O Guia de Uso Pedagógico é um material produzido pela Fundação Roberto Marinho/Futura para orientar educadores, facilitadores e mediadores de aprendizagem quanto ao uso pedagógico de programas do Futura e outras mídias educativas. O Guia pode ser entendido como um passo a passo metodológico, construído a partir de algumas premissas:

1. Após a definição do tema a ser trabalhado com os participantes, sugerimos uma breve atividade integradora, que pode assumir o formato de dinâmica de grupo, roda de diálogo ou conversa direcionada. Esse é um momento fundamental para levantar saberes prévios, problematizar noções estabelecidas e também balizar as intervenções que serão feitas ao longo da atividade.

2. Sugerimos que o audiovisual seja exibido na sequência, já com o grupo inteirado do tema que será explorado.

3. Após a audiência, sugerimos um exercício de Leitura de Mídias. Esse é um momento importante para que os participantes possam partilhar suas impressões, críticas e releituras sobre o conteúdo assistido. Algumas perguntas-chave podem contribuir com esse momento: O que vocês viram? O que ouviram? O que sentiram?

4. Na sequência sugerimos a realização de uma atividade com o objetivo de sistematizar, organizar e, se possível, aprofundar os debates prévios.

5. Por fim, é importante que os participantes possam socializar as aprendizagens e avaliar a experiência formativa.

Ao adotar esta proposta metodológica você notará um acúmulo de conhecimentos, informações e percepções mobilizadas pelos próprios participantes. Por isso mesmo é fundamental que momentos de fala e de participação sejam oportunizados a todos e que o grupo se engaje na criação de um ambiente de acolhimento e de construção coletiva. Note que as sugestões de atividades podem ser adaptadas à realidade local, dialogando com as práticas e processos educativos já consolidados.