Notícia: Debate reflete sobre a história que não nos contaram

Debate reflete sobre a história que não nos contaram

Educação antirracista no Debate

Debate. A história da humanidade é vasta e recheada de capítulos, mas será que só existe mesmo uma única versão dos fatos? E qual dessas versões chega às escolas? Um exemplo é o episódio do descobrimento do Brasil. Será que foi mesmo uma descoberta, ou teria sido a invasão de uma terra onde já existia uma população habitante, a indígena?

O Debate desta terça-feira (14/06) traz essas e outras questões para a entrevistada do programa, Wania Sant’Anna, que é doutora em História e pesquisadora de relações raciais e de gênero. Ao lado do apresentador Cristiano Reckziegel e dos debatedores do programa, Wania fala sobre o apagamento que atingiu principalmente a população negra escravizada e os indígenas.

“O fato de nós não termos aprendido determinadas formas de viver, de saber e de produção de conhecimento vai conformar um ser adulto não só com menos informação, mas que desrespeita a população negra com preconceito. A verdade é essa”, explica a historiadora.

Uma mulher negra de cabelos curtos está sentada em uma poltrona frente a frente com um homem branco sentado em uma poltrona idêntica à dela. Entre eles há uma mesinha pequenina e o logotipo do programa Debate na tela azul ao fundo
Wania Sant’Anna é a convidada para o Debate sobre as histórias que não nos contaram. (Foto: divulgação)

Durante o Debate, Cristiano Reckziegel citou uma pesquisa do IBGE, realizada em 2018, que reforça a fala de Wania Sant’Anna. O estudo mostra que a evasão escolar no Brasil é ainda maior entre alunos negros, o que se explica por questões socioeconômicas geradas por um passado escravocrata e também pela falta de valorização das culturas africanas e afro-brasileiras nos currículos escolares. Aliás, a presença desse conteúdo nas salas de aula deveria ser garantido pelas leis 10.639 e 11.645.

“Eu acho que é uma responsabilidade cada vez mais crescente. Nós já identificávamos isso em 2003, das secretarias estaduais. É algo que está na competência delas, das secretarias municipais de educação e, por óbvio, uma decisão mais firme do Ministério da Educação na produção de um material pedagógico que dê prioridade a esses conteúdos, não só sobre a história das comunidades indígenas e suas culturas, como também a história do negro e do Brasil”, alerta Wania.

Imagem do jornalista correspondente na África do Sul no telão no cenário do programa Debate
Vinícius Assis, jornalista correspondente na África do Sul, participa do Debate com Wania Sant’Anna. (Foto: divulgação)

Debatedores

Na equipe de comentaristas do episódio “Que história nos contaram?” do Debate, estiveram presentes Márcia Kambeba, professora e poeta indígena, e Vinicius Assis, jornalista correspondente na África do Sul, que trouxe uma olhar do continente africano.

“Estudem mais a história do continente africano. Não só a história, mas os fatos atuais. A partir da história vocês podem interpretar melhor a realidade.”, afirma Vinícius.
Todos os programas da primeira e da segunda temporadas do Debate também podem ser conferidos gratuitamente nas plataformas Globoplay.

Serviço
Programa Debate – 2ª temporada

De 3 de maio a 26 de julho de 2022.
Na TV: todas às terças, às 21 horas.
Na web: Globoplay

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